Por Daniel Nápoli
1974
Tricampeão mundial, o Brasil foi para o Mundial da
Alemanha (a então Ocidental), com o
mesmo treinador (Zagallo), porém não possui mais em seu grupo, jogadores como
Pelé, Carlos Alberto Torres, Gérson e Tostão. Porém apostava nos remanescentes
Rivelino e Jairzinho, para tentar o tetracampeonato.
Para este Mundial, teve uma novidade. Em substituição a
Taça Jules Rimet, conquistada em definitivo pelo Brasil, foi colocada em
disputa, a Taça FIFA, que, ao contrário da anterior, não ficará em definitivo
com nenhuma seleção, permanecendo de quatro em quatro anos com o país vencedor
da Copa.
O troféu permanecerá em disputa até a Copa do Mundo de
2038, quando estarão preenchidos todos os espaços destinados aos nomes dos
países campeões mundiais, em sua base. Depois, disso, a taça permanecerá em definitivo à FIFA,
em sua sede, sendo então substituída.
O Brasil foi para a Copa do Mundo, com os seguintes
atletas:
Goleiros – Emerson Leão (Palmeiras), Renato (Flamengo) e Waldir Peres (São Paulo)
Laterais – Zé Maria (Corinthians), Marinho Chagas
(Botafogo-RJ), Nelinho (Cruzeiro) e Marco Antônio (Fluminense)
Zagueiros – Luís Pereira (Palmeiras), Marinho Peres
(Santos), Wilson Piazza (Cruzeiro) e Alfredo (Palmeiras)
Meias – Paulo César Carpegiani (Internacional-RS), Leivinha
(Palmeiras), Rivelino (Corinthians), Paulo Cézar Caju (Flamengo), Valdomiro
(Internacional-RS), Ademir da Guia (Palmeiras) e Edu (Santos)
Atacantes – César Maluco (Palmeiras), Mirandinha (São
Paulo), Dirceu (Botafogo-RJ) e Jairzinho (Botafogo-RJ)
A seleção brasileira estreou naquela Copa, no
Waldstation, em Frankfurt, diante da Iugolsávia. Quem apostou em um jogo duro,
porém com uma vitória dos então campeões, se enganou. Em uma partida amarrada,
os tricampeões não saíram do 0x0.
Cinco dias depois, no mesmo estádio, o Brasil novamente
ficou no 0x0, dessa vez com a Escócia. Se Jairzinho, havia marcada gol em todos
os jogos do Mundial de quatro anos antes, dessa vez, estava passando em branco.
Veio o último jogo da primeira fase, no dia 22 de junho,
em Gelserkirchen, no Parkstadion e com ele, a primeira vitória em solo alemão.
Com gols de Jairzinho, Rivelino e Valdomiro, o Brasil venceu Zaire por 3x0,
classificando-se para a segunda fase.
No dia 26 de junho, os brasileiros iniciaram sua
caminhada na fase seguinte. A partida foi em Hanover, contra a Alemanha
Oriental. Rivelino, foi o autor do único gol canarinho, que venceu por 1x0.
Na mesma Hanover, o Brasil enfrentou a Argentina, no dia
30 de junho. Com gols de Rivelino e Jairzinho, os tricampeões venceram o
clássico sul-americano por 2x1.
Para chegar a mais uma final de Copa do Mundo, o Brasil
precisava vencer a Holanda, sensação daquele Mundial, que com Johan Cruyff,
Neeskens e cia, estava atropelando os adversários.
O Westfalenstadion, em Dortmundo, recebeu a partida no
dia 3 de julho. De um lado, os tricampeões mundiais de tanta tradição e do
outro, a surpreendente Laranja Mecânica, que encantava o planeta, com seu
futebol total.
Apesar de ter esboçado uma reação na competição, os
brasileiros não foram páreos para o envolvente futebol holandês, que venceu por
2x0, com gols de Neeskens e Cruyff.O sonho do tetra era adiado, restando ao
Brasil, a disputa do terceiro lugar.
No dia 6 de julho, foi realizada no Estádio Olímpico de
Munique, a partida entre Brasil x Polônia. Abatida pela derrota para a Holanda,
a seleção brasileira perdeu o terceiro lugar para a surpreendente Polônia, de
Grzegorz Lato, autor do solitário gol da vitória.
O Brasil se despedia da Alemanha Ocidental, com o quarto
lugar, enquanto a taça, terminou nas mãos dos donos da casa, que desbancaram a
sensação daquele torneio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário