Na tarde de ontem, 17h, no Novelli Júnior, o Ituano entrou em campo para enfrentar o Bragantino com a expectativa de vencer e afastar-se da tão temida zona de rebaixamento. Era o chamado jogo de "seis pontos", já que os dois times estavam ameaçados. A goleada de 1x4 jogou por terra todas essas expectativas.
Logo aos 6', Douglas é obrigado a fazer grande defesa em chute de Vitor Ferraz. Para um time que jogava em casa e precisava vencer, as coisas não começavam bem. Aos 10', em jogada rápida de ataque a bola sobra para Romarinho que perde cara a cara com Douglas.
O primeiro chute do Ituano com perigo só aconteceu aos 15', com Otacílio Neto cobrando falta. Um minuto após, Romarinho recebe na área e não tem a menor dificuldade para abrir o marcador.
Totalmente perdido no setor de criação, o Ituano ainda viu o Bragantino ampliar o marcador aos 35', com Fernando Gabriel em belo chute de fora da área. Aos 40', numa das raras jogadas de lucidez, o Galo só não descontou pois Gieancarlo salvou sobre a risca fatal.
Para a segunda etapa esperava-se que o Ituano pudesse fazer tudo o que não fizera no primeiro tempo. Ledo engano.
O time voltou anestesiado, apático, sem mostrar jogadas ensaiadas, sem conseguir uma sequência de três passes certos ao menos. Sem criação no meio e - o pior - sem finalização. Para um time que estava perdendo por dois gols e não finalizava, o Ituano tornou-se uma presa fácil.
Mesmo que com 1' do segundo tempo o fraco árbitro Robério Pereira Pires não tivesse assinalado um penalti para o Ituano, seria difícil uma reação. Aos 2' em cobrança de falta, a bola foi alçada à área e Giancarlo, de cabeça, ampliou para 3x0 pró Bragantino.
Desordenado e desorientado, o Ituano foi à frente, mas continuava com o problema crônico: não chutava à gol.
Assim, não foi difícil para o Bragantino roubar uma bola e descer em contra golpe rápido para fazer o quarto gol com Giancarlo, novamente.
O gol de honra do Ituano só foi acontecer aos 30', quando Keiton Domingues finalizou com perfeição, na saída do goleiro Rafael Santos.
Se havia tempo hábil para ensaiar uma reação, não havia moral para tanto. O time continuou apático, frio, sem garra, sem pegada...
Ao final do jogo, a derrota e o fantasma cada vez mais aterrorizante da Zona do Rebaixamento. Ruy Scarpino falou na coletiva de imprensa, na Zona Mista, mas não demorou muito e a notícia dando conta de sua saída foi passada pelo assessor de imprensa Acaz Fellegger.
Segundo o clube, Scarpino reuniu-se com Juninho e colocou o cargo à disposição, o que foi aceito.
Agora, enquanto o clube procura outro treinador, Doriva novamente deverá assumir interinamente.
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