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Especial Palmeiras


A VEZ DO TORCEDOR


Por Daniel Nápoli

Depois de abordar quase toda historio gloriosa da Sociedade Esportiva Palmeiras, chega ao fim hoje no blog Momento do Esporte, o Especial Palmeiras. Iniciado em um momento em que a equipe e a torcida estavam em festa pela conquista da Copa do Brasil, infelizmente agora termina de uma forma que nem o mais pessimista dos torcedores poderia imaginar.

O último post desse Especial é dedicado ao torcedor alviverde. Três representantes dessa imensa torcida contarão um pouco sobre o início da paixão pelo clube, como se sentem vendo o time com grandes chances de ser rebaixado para a segunda divisão de 2013 e o que esperar do futuro da instituição.

Agradeço a todos que acompanharam mais esse Especial de um grande clube do Estado de São Paulo e no próximo ano se Deus quiser, vem mais por aí!

Grande abraço e que as glórias do passado inspirem o ressurgimento do Alviverde Imponente!

Boa leitura!




Ivan Valini, 37 anos, jornalista

Minha paixão pelo Palmeiras teve início durante o Campeonato Paulista de 1986. Sempre gostei de futebol, mas em 86, com 10 anos, comecei a me identificar com o “Palestra”, e o mais interessante, sem influência da família! Enfim, me recordo que a semifinal daquele ano reuniu Palmeiras e Corinthians e no primeiro jogo, de forma vergonhosa, o Palmeiras foi muito prejudicado pela arbitragem, que além de não marcar um pênalti claro para o Verdão, ainda validou um gol impedido do Corinthians.... 

Mas aí veio o dia 27 de agosto, jogo de volta, e um passeio, um verdadeiro massacre, uma das maiores vitórias que eu me lembro do Palmeiras. Foi um show!!! O Palmeiras ganhou o jogo e a prorrogação, placar final 3 a 0, com direito a gol olímpico de Éder Aleixo... Inesquecível. Ao final daquela partida, eu tinha uma certeza: MEU CORAÇÃO ERA VERDE... 

O tempo passou, era adolescente ainda, enfrentei o famoso jejum de títulos, que terminou em 1993, exatamente contra o mesmo Corinthians, exatamente igual a 86, com vitória no tempo normal e na prorrogação... Enfim, se hoje sou palmeirense, devo muito ao Corinthians, que permitiu ao Palmeiras conquistas memoráveis!!! Como não esquecer as Libertadores (2000 e 2001)? O pênalti do Marcelinho? 

Mas ser palmeirense é sinônimo de sofrimento também. Em 2002, a queda para a Série B foi dolorida. O time não era ruim, mas como não era um campeonato de turno e returno, como é hoje, as falhas e os erros não eram passíveis de correção. Aquela derrota pro Vitória foi amarga, aquele domingo foi complicado... Mas no ano seguinte, veio a redenção; uma campanha perfeita e um título da Série B, trouxeram de volta o Palmeiras para a elite do futebol brasileiro. 

A partir daí, o que se esperava era que diretoria e conselheiros olhassem para trás e corrigissem os erros, para que o clube voltasse ao caminho das vitórias, das grandezas... Que nada!!! Times horríveis, campanhas pífias, o Palmeiras se apequenou... O tempo passou e cá estamos novamente, próximos da Série B novamente! Decepção? Nem tanto. O torcedor (não o fanático) palmeirense mesmo, tinha consciência que o time era muito limitado e fraco para encarar uma Série A. Portanto, ano que vem, nos resta “saborear” a Libertadores (creio que será a mesma coisa que dançar com a irmã), pois se iremos ver o NOSSO PALESTRA em campos sul-americanos, como sempre foi em sua história, teremos a certeza também que não haverá motivação e capacidade para se montar um time em condições de brigar pelo título máximo da América. E caberá ao torcedor/jogadores/direção se unirem mais uma vez, para que no final de 2013, o clube esteja de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído, que é a principal divisão do futebol brasileiro. E o mais importante que tenhamos bons motivos para comemorar o centenário, em 2014. 


Suzy Leite, 25 anos, jornalista

Meu avô materno era palmeirense e eu costumava ver os jogos com ele, então, ele sempre me influenciou de alguma forma. Meu irmão também torce pelo palmeiras e sempre assistíamos aos jogos juntos, a gente adorava o Paulo Nunes (jogou pelo clube entre 1998 e 1999).

Quanto a atual situação do time acho que é um conjunto de coisas, um time desestimulado, há cobrança de todos os lados.  Ser o 18º colocado do campeonato só mostra a falta de estímulo e de envolvimento dos jogadores.
Sinceramente, acredito que uma reformulação na equipe ajude, mas infelizmente, na segunda divisão, o Palmeiras entra no prejuízo com patrocinadores o que influencia em recursos para o time. No final das contas a coisa virou uma bola de neve!

É triste pensar que um time como o Palmeiras se encontra em uma situação tão complicada, mas o Corinthians passou pelo mesmo problema (em 2007), foi alvo de gozações por parte de nossa torcida e conseguiu se recuperar, portanto não ligo para as brincadeiras e até acho graça de algumas.



Fernando Boni, 32 anos, empresário

Em 20/10/1980, eu e minha paixão pelo Palmeiras nascemos. A tal paixão me fez passar por momentos felizes e momentos em que se lamenta ser tão apaixonado, como o momento atual. Infelizmente, o Palmeiras paga por anos e anos de incompetência e ganância de dirigentes que até já foram palmeirenses, mas diante do enorme fluxo de dinheiro e pessoas maliciosas (empresários) que entram e saem de um clube grande, esqueceram suas raízes e se tornaram obcecados pelo enriquecimento, infelizmente, às custas da ruína de um gigante do futebol. Nos resta esperar que haja uma reestruturação de cima para baixo a partir do iminente rebaixamento de 2012. 

Que esta reestruturação tenha como modelo o arquirrival Corinthians, que após o rebaixamento, ressurgiu forte com Mano Menezes e hoje é o clube mais forte da América. Lembremos que antes de se tornar o gigante que é hoje, o Corinthians passou 80 anos de sua história (1910-1990), tendo como títulos mais importantes, os vários campeonatos estaduais vencidos, além de ter passado 23 anos sem ganhar sequer um título. Também temos o exemplo do Fluminense que há 10 anos atrás caiu para a série C do Brasileiro e domingo deverá ganhar o título da série A e ainda, logo que eu comecei a acompanhar o futebol, vi a torcida do poderoso Santos diminuir  também por conta de uma enorme fila de títulos e a torcida que hoje se orgulha da joia Neymar, na época aplaudia, em pé, o japonês Kazu, para delírio dos rivais. Esta é a torcida e esperança dos Palmeirenses hoje. 
Todos os grandes clubes passam por momentos ruins em sua história, mas o amor do torcedor verdadeiro não tem divisão, não tem limites... Torcer contra o rebaixamento sim lógico, mas sabendo das dificuldades de se escapar, nos apegamos à reestruturação que pode (e deve) acontecer. Para começar, todos os defasados dirigentes que ainda “mamam” no Palmeiras deveriam relembrar de suas raízes e libertar este gigante para que ele ocupe o lugar que merece no futebol, novamente.

E vai que o Palmeiras se torna o primeira campeão da libertadores a frequentar, no mesmo ano, a série B do Campeonato Brasileiro... Sonhar não custa nada (risos).
 




Moura Nápoli

Moura Nápoli

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