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Especial Copa do Mundo

A vez da Azzurra

Por Daniel Nápoli

O segundo mundial da história, foi disputado na Itália, no ano de 1934. Mais do que uma oportunidade para o país sede se promover esportivamente e socialmente, a Copa serviu como instrumento político para o presidente italiano Benito Mussolini, contrariando a FIFA, que sempre procurou deixar a política separada do esporte.

O ditador fascista planejou utilizar o Mundial em casa, para promover o seu regime, já que os olhos de todos estariam voltados para a “Velha Bota”. A “cereja do bolo” seria um título da Itália.

Contando com arbitragens polêmicas e jogos emocionantes, o mundial foi vencido de fato pelos italianos, que jogaram um belo futebol, fazendo do país o segundo campeão mundial de futebol da história.

Eliminatórias

O Mundial de 1934 foi o primeiro em que existiram as eliminatórias continentais para conhecer seus participantes. A Itália, mesmo sendo o país sede, teve de participar das eliminatórias (até hoje é o único país anfitrião a disputar as eliminatórias). Ao todo, 34 países disputaram as eliminatórias. Destes candidatos a participação na Copa, 16 garantiram vaga (Itália, Brasil, Argentina, Alemanha, Bélgica, Suécia, Holanda, Suíça, Tchecoslováquia, Romênia, Áustria, França, Hungria, Egito, Espanha e EUA).

O então campeão do mundo Uruguai, nem sequer participou das eliminatórias. A Celeste Olímpica decidiu boicotar a Copa-1934 em razão da falta de interesse da maioria dos países europeus em viajar para a Copa do Mundo de 1930, disputado no país sul-americano.  Com isso, até hoje o Uruguai é a única seleção campeã mundial a não defender seu título na Copa seguinte.


Primeira fase
Com o aumento de participantes em relação a primeira Copa do Mundo, a FIFA decidiu realizar desde a primeira fase, jogos eliminatórias, com os seguintes confrontos: Alemanha x Bélgica, Argentina x Suécia, Holanda x Suíça, Tchecoslováquia x Romênia, Áustria x França, Hungria x Egito, Brasil x Espanha e Itália x EUA.

Assim como quatro anos antes, o Brasil não passou da primeira fase, sendo eliminado pela seleção espanhola após uma derrota por 3x1. Dona da casa, a Itália começou logo de cara mostrando sua força ao golear os EUA por 7x1, em Roma. Além da Espanha e Itália, venceram seus confrontos Alemanha, Suécia, Suíça, Tchecoslováquia, Áustria e Hungria.


As quartas-de-final seriam jogadas entre Alemanha x Suécia, Suíça x Tchecoslováquia, Itália x Espanha e Áustria x Hungria.


Quartas-de-final

Os confrontos desta fase foram marcados pela emoção. Se Alemanha 2x1 Suécia, Suíça 2x3 Tchecoslováquia e Áustria 2x1 Hungria foram empolgantes, Itália x Espanha (foto ao lado) foi além, foi dramático.

Reueiro tratou de colocar os espanhóis na frente em Florença, aos 30 minutos do primeiro tempo, assustando toda uma nação, que só voltariam a se acalmar 14 minutos depois, quando Ferrari empatou a partida. Com o empate no tempo normal, foi preciso a prorrogação e mesmo ao término da mesma, o placar continuou igual. Na época, o regulamente não aplicava a disputa por pênaltis em casos de igualdade após a prorrogação. Sendo assim, teria que ocorrer um jogo de desempate a ser disputado no dia seguinte, no mesmo local.

Com diversos desfalques, devido ao cansaço e o excesso dee faltas ocorridas no primeiro confronto, Itáia e Espanha fizeram outro jogo dramático, mas dessa vez houve um classificado. Com um gol isolado, Giuseppe Meazza tratou de colocar “La Nazionale” nas semifinais.

Semifinal

A Tchecoslováquia na semi, não tomou conhecimento da Alemanha, vencendo por 3x1 e se garantindo em sua primeira final de Copa do Mundo.

 Em Milão, no San Siro, os italianos vindos de duas desgastantes partidas diante da Espanha tiveram dificuldades, mas bateram por 1x0 a Áustria, fazendo valer seu favoritismo.


Terceiro lugar
A Copa disputada na Itália foi a primeira a contar com um jogo para decidir o terceiro lugar do mundial. Assim como em toda a Copa, Alemanha e Áustria protagonizaram um jogo emocionante, na cidade de Nápoles, com os germânicos vencendo por 3x2.


Final

Roma foi o palco da grande decisão do mundial, disputada no dia 10 de junho. Apesar dos “sustos” durante a campanha, a torcida italiana estava pronta para fazer a festa e comemorar o título.

Com o início da partida, veio o nervosismo e um jogo bastante disputado. Final de primeiro tempo, 0x0. Veio a segunda etapa e o nervosismo só fez aumentar para os dois lados, até que Puc abriu o placar para a Tchecoslováquia, aos 31 minutos do segundo tempo, silenciando o Estádio Nacional.

Apesar do gol sofrido, a seleção da casa, comandada por Vittorio Pozzo não se abateu e com Orsi, cinco minutos depois, empatou a partida, levando a decisão para a prorrogação, para a alegria dos quase 50 mil italianos ali presentes.

Renovada com o gol marcado, “la squadra azzura” logo aos cinco minutos da prorrogação tratou de virar o jogo com Schiavio. Era o gol da tranquilidade, era o gol do título.


A cobiçada Taça Jules Rimet trocava agora de mãos, mas o “mundo continuava azul”. 



Moura Nápoli

Moura Nápoli

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