MINHA COPA INESQUECÍVEL
Por Daniel Nápoli
O post "Minha Copa Inesquecivel" de hoje é com o jornalista Luis Augusto Tirabassi. Em seu depoimento, Tirabassi conta um pouco sobre seu Mundial favorito e um jogo marcante daquela Copa.
Boa leitura!
Luís Augusto Tirabassi, 25 anos, jornalista
Em plena terça-feira, dia atípico para o futebol, está
guardado em minha memória o melhor jogo que eu já vi em uma Copa do Mundo. A
partida aconteceu em Marselha, no dia 7 de julho de 1998, e na ocasião o Brasil
batia a Holanda nos pênaltis e chegava a mais uma final de Mundial.
A Copa do Mundo de 1998 foi a que mais me marcou até hoje,
não por ser a primeira que eu vi, mas sim por ser a primeira que eu vivi. Eu me
lembro até hoje que durante aqueles 30 dias de competição eu não tirava a
camisa da seleção. Nas costas o fatídico número 11 do baixinho Romário,
atacante que foi cortado antes do Mundial por um problema na panturrilha.
Os jogos aqui no Brasil passavam em horário comercial e eu
não desgrudava os olhos da TV. O Brasil chegava à competição com ares de
favorito, pois havia conquistado o Tetra quatro anos antes. Na fase de grupos
já veio à primeira surpresa. Derrota de virada para a Noruega. Nas oitavas de
final, goleada frente ao freguês Chile por 4 a 1. Nas quartas de final, vitória
por 3 a 2 de virada sobre a Dinamarca.
Veio então à semifinal. Duelo contra os holandeses. Clima de
revanche no ar, pois os europeus haviam sido derrotados pelo Brasil na última
Copa. O jogo foi fantástico. Duas seleções de altíssima qualidade. Ronaldo
Fenômeno imparável no ataque canarinho e foi dele o primeiro gol da partida.
Lançamento de Rivaldo, domínio e conclusão de pé esquerdo. Golaço!
O empate dos holandeses veio ao final da partida, com
Kluivert de cabeça. A vaga na final iria ser decidida nos pênaltis. Eis que
surge a figura do técnico Zagallo. Reunidos na beira do gramado, os jogadores
ouvem o Velho Lobo dando forças e incentivando cada um dos atletas. Cena
impagável na minha memória de torcedor. Nas cobranças, o goleiro Taffarel se
agiganta e defende dois pênaltis (Cocu e de Boer) selando o triunfo do scratch
canarinho.
Na final o Brasil sofreria a sua maior goleada até hoje em
Copas do Mundo (3 a 0 contra a França), mas apesar desse episódio negativo a
Copa de 98 não vai sair da minha memória, graças ao jogaço entre Brasil e
Holanda nas semifinais.
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