ELES
VOLTARAM!
Por
Daniel Nápoli
Durante a cerimônia de premiação no pódio do GP da
Malásia de Fórmula 1, disputado no último domingo (29), em Sepang, o mundo
ouviu o hino nacional alemão, seguido pelo hino nacional da Itália. Não, não
era a Ferrari de Michael Schumacher triunfando uma vez mais. Era sim a equipe
vermelha, mas outro alemão o conduzindo: Sebastian Vettel.
Em uma exibição de gala, o tetracampeão mundial Vettel,
que tantas vezes acompanhou seu ídolo Schumacher pela televisão, pode fazer uma
corrida digna de seu “guru”, batendo as favoritas Mercedes de Lewis Hamilton e Nico
Rosberg, garantindo assim sua 40ª vitória na Fórmula 1. O triunfo, deixa Sebastian a uma vitória de igualar o
tricampeão mundial Ayrton Senna, como terceiro maior vencedor de GPs da
história da categoria. Um feito bastante significativo para um piloto de apenas
27 anos de idade.
Após passar a temporada passada inteira sem uma única
vitória na Red Bull, sendo inclusive superado pelo companheiro de equipe Daniel
Ricciardo, Vettel se transferiu para Maranello e juntamente com a Ferrari vem
esboçando um renascimento. Se o alemão não vencia um GP, desde novembro de 2013, em Interlagos,
a “Rossa” não sabia o que era estar no lugar mais alto do pódio desde o GP da
Espanha de maio daquele mesmo ano. Na época, o bicampeão mundial Fernando
Alonso foi o responsável pelo feito, terminando aquela temporada com o
vice-campeonato.
Embora a Mercedes ainda conte com o melhor carro do grid,
ficou nítido que a Ferrari melhorou e muito em relação a pré-temporada e a
corrida inaugural. Além da exibição de Vettel, seu companheiro de equipe Kimi
Raikkonen realizou uma ótima prova, chegando em quarto lugar, após andar nas últimas
posições com um pneu furado.
Ficou claro que a Mercedes, diferente do ano passado,
terá companhia. Mais do que uma concorrência, as “Flechas de Prata” terão um
tetracampeão empolgado e cheio de vontade de repetir e até mesmo bater os
feitos de seu ídolo, em uma equipe que passa por reformulações em sua administração
e possui a história mais vencedora da história da categoria. Não descartando
Raikkonen, que sabe o que é ser campeão pela Ferrari (em 2007) e contando com
um bom equipamento, pode ir além.
Não há dúvida: Vettel e a Ferrari estão de volta!
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