O FATOR TARCÍSIO
Moura Nápoli
O treinador que nunca foi chamado de "burro", não é
treinador de futebol.
E Tarcísio Pugliese não foge à regra. Não foram poucas as
vezes que os torcedores criticaram uma alteração, ou a falta dela por parte do
técnico. Não foram poucas as vezes que, mesmo ganhando, parte da torcida saiu
insatisfeita.
Tomando como foco a Copa Paulista, o treinador do Ituano
teve 32 atletas à disposição e apenas dois - Lucas, o terceiro goleiro e Caio,
volante - não atuaram na campanha. E na caminhada, que levou o Ituano à final,
baixas significativas aconteceram.
Em meio à disputa, importantes jogadores como Cristian,
Clayson e Ronaldo deixaram o elenco e mesmo assim, Tarcísio conseguiu administrar.
Bassani e Dick, importantes jogadores, desfalcaram o time e o treinador deu à
Guilherme e Pacheco a tranquilidade e a confiança necessárias para que pudessem
vingar.
Eu mesmo confesso que em alguns momentos, acompanhando os
jogos e ouvindo Tarcísio nas coletivas após as partidas, ficava com a impressão
de que tínhamos visto partidas diferentes. Mas, afinal, embora eu acompanhe bem
de perto a rapaziada, quem convive diariamente com o elenco é ele.
Tarcísio Pugliese, embora não sendo mineiro, sabe trabalhar
quieto. Não é de oba-oba, não é de retrucar, não é de discutir. Absorve as críticas,
tira as lições e devolve em resultados.
Faltam dois passos para que o Ituano possa levantar o título
de campeão da Copa Paulista. Está bem perto, mas nada ainda está definido.
Definido apenas, em minha modesta opinião, é que Tarcísio
Pugliese está consolidado cada vez mais sua carreira. Ele está fazendo bem para
o Ituano e este lhe caiu como uma luva!
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