Por Daniel Nápoli
Desde
que o prêmio de melhor jogador do mundo foi criado pela FIFA no ano de 1991,
uma “maldição” ronda o atleta vencedor da temporada anterior, na Copa do Mundo
do ano seguinte.
O
primeiro a sofrer foi o italiano Roberto Baggio. Melhor do mundo em 1993, o
atleta foi para o Mundial dos EUA lesionado, jogando o torneio literalmente no
sacrifício.
Apesar
de ter anotado quatro gols, ficou marcado por na final da competição, ter desperdiçado
a cobrança de penalidade, que rendeu ao Brasil o tetracampeonato mundial.
Quatro
anos depois, curiosamente, um brasileiro seria a vítima. Melhor jogador do
planeta em 1996 e 1997, Ronaldo foi para
a Copa-1998 em solo francês, como o grande astro.
Balançou
as redes em cinco oportunidades, porém antes da final diante da França, sofreu
uma convulsão, tendo atuação apática, que respingou nos demais companheiros de
seleção.Somando isso, a grande atuação dos donos da casa, o Brasil perdeu a
final por 3x0.
O
português Luis Figo, melhor do mundo em 2001, foi para a Copa-2002 na Coreia do
Sul e no Japão com as atenções voltadas para si, embora não tivesse em seus
ombros o mesmo peso que os astros anteriores tinham, uma vez que Portugal
estava longe de um favoritismo.
Mesmo
assim, esperava-se uma boa atuação do craque, que, além de não ter marcado
nenhum gol, viu seu país ser eliminado ainda na primeira fase daquele Mundial.
Veio
a Copa-2006 na Alemanha e a expectativa era que finalmente o tabu seria
quebrado. Eleito o melhor do mundo em 2004 e 2005, Ronaldinho Gaúcho chegou ao
torneio com grande moral. Além do talento indiscutível, teria ao seu lado
outros grandes craques na seleção brasileira, porém, sua participação foi um
fiasco.
Não
marcou um único gol, tendo atuação discreta na participação do Brasil no
Mundial que terminou nas quartas de final, em derrota por 1x0 para a França.
O
argentino Lionel Messi é outro que não saiu ileso da “zica”. Vencedor do prêmio
em 2010, repetiu o destino de Ronaldinho Gaúcho, ao passar o Mundial sem marcar
gols e ser eliminado nas quartas de final, esbarrando na Alemanha, algoz de sua
seleção quatro anos antes, na mesma fase do torneio.
Cristiano
Ronaldo foi mais um para a galeria de vítimas. Melhor do mundo em 2013, o
camisa 7 da seleção portuguesa marcou apenas um gol na Copa-2014, disputada no
Brasil. Com atuação discreta, viu seu país cair ainda na primeira fase.
No
entanto, diferente das vítimas anteriores, CR7 terá mais uma oportunidade para
tentar quebrar o tabu. Vencedor do prêmio no ano passado, o português chegará
ao Mundial da Rússia com vontade de apagar a má impressão deixada na Copa
anterior e virá credenciado pela conquista da Eurocopa, em 2016.
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