Por Daniel Nápoli
Nascido
em Prato, no dia 23 de setembro de 1956, Paolo Rossi foi o nome da Copa do Mundo
de 1982, disputada na Espanha. O então atacante da Juventus-ITA, foi o
artilheiro e eleito o melhor jogador da competição, sendo fundamental para a
conquista do tricampeonato da Itália.
Porém,
antes de falarmos de como foi sua trajetória naquela edição do Mundial, vamos
começar por 1978, ano da primeira Copa disputada por Rossi.
Logo
em sua estreia em Mundiais, Paolo marcou um gol na vitória da Itália por 2x1
sobre a França, anotando outro no segundo confronto em que os italianos
venceram a Hungria, pelo placar de 3x1, “passando
em branco” na vitória diante da Argentina (1x0).
Na
segunda fase, Rossi também não balançou as redes contra a Alemanha Ocidental
(0x0), voltando a marcar contra a Áustria (1x0). Na derrota italiana para a
Holanda (2x1), não estufou as redes, assim como na decisão pelo terceiro lugar,
quando a Itália perdeu para o Brasil (2x1).
Com
um saldo de três gols em Copas do Mundo, Rossi foi para o Mundial de 1982 após
um grande drama em sua carreira, ao ter seu nome s envolvido em um esquema de
manipulação de resultados no futebol italiano, conhecido como “Totonero”. Mesmo
sendo absolvido na justiça comum, Paolo foi condenado pela esportiva, com uma
suspensão de três anos do futebol, com a decisão sendo revista para uma
suspensão de dois anos, para que ele pudesse disputar a Copa.
Posteriormente,
um de seus acusadores admitiu que as provas contra Rossi eram forjadas e embora
durante o julgamento e até posteriormente Paolo sempre tenha negado qualquer
envolvimento com manipulação de resultados, seu nome havia sido manchado, porém
integrado à Azzurra, tinha um Mundial para jogar.
A
Itália foi para a Espanha, brigada com a imprensa italiana devido ao escândalo
Totonero, além disso, embora tivesse nomes brilhantes, foi para o torneio
completamente desacreditada, por toda a atmosfera que antecedeu a competição.
A
primeira fase, só confirmou o descrédito, com Rossi “passando em branco” e a
Itália não vencendo um único jogo (0x0 com a Polônia, 1x1 com o Peru e
Camarões). Na segunda fase, porém Rossi “acordou”. Depois da vitória por 2x1
sobre a Argentina, em que Paolo não marcou, a Itália enfrentou o Brasil, de
Zico, Falcão, Sócrates e cia. Um empate, classificaria o Brasil para a
semifinal e mandaria os italianos de volta para casa.
Rossi,
porém, fez daquela partida, o jogo de sua vida. Ali, não só começou a “recuperar
seu nome”, como se eternizou ao marcar três gols na vitória dos italianos por
3x2. O Brasil favorito ao
tetracampeonato, estava fora e a desacreditada Itália era semifinalista. Após a
bela e história exibição contra a Seleção Brasileira, Rossi marcou dois gols
contra a Polônia, na vitória por 2x0 que colocou a Azzurra na final do Mundial.
Na
decisão, Paolo anotou o gol que abriu o caminho para a vitória sobre a Alemanha
Ocidental por 3x1, que rendeu o tricampeonato mundial para a Itália. A Copa
voltava a ser dos italianos, pela primeira vez, desde 1938 e Rossi, de execrado
antes do Mundial começar, saída da
Espanha como artilheiro do torneio,com seis gols marcados.
Rossi
chegou a ser convocado para a Copa do Mundo de 1986, mas lesionado, acabou não
sendo utilizado em nenhuma partida da competição em que a Itália acabou
eliminada nas oitavas de final. Sua última partida pela Azzurra foi um amistoso
de preparação para o Mundial realizado no México.Paolo jogou pela Seleção
Italiana de 1977 a 1986, marcando 20 gols em 48 partidas.
Por
clubes, Rossi atuou por Juventus-ITA (1973-1976/1981-1985), Como-ITA
(1975-1976, Lanerossi Vicenza-ITA (1976-1979), Perugia-ITA (1979-1981),
Milan-ITA (1985-1986) e Hellas Verona-ITA (1986-1987), sendo campeão da Liga
dos Campeões da Europa (1984/1985), campeão Supercopa Europeia (1984), campeão
a Recopa Europeia (1984), bicampeão italiano (1981/1982 e 1983/1984), campeão
da Copa da Itália (1982/1983) e campeão italiano da Série B(1976/1977).
Atualmente,
Rossi é produtor de vinho e azeite, proprietário de uma farmácia e comentarista
esportivo, além de ser embaixador da ONU para profissionais do futebol contra a
fome.
Fotos - Divulgação
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