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ENTREVISTA: CAROL GATTAZ

 ATLETA DO ITAMBÉ/MINAS RELEMBRA TRAJETÓRIA E COMENTA EXPECTATIVAS PARA A SEQUÊNCIA DA CARREIRA


Por Daniel Nápoli

Pentacampeã do Grand Prix pela Seleção Brasileira (2004, 2005, 2006, 2008 e 2009), Carol Gattaz é um dos maiores nomes do vôlei nacional e mundial.

Ao Momento do Esporte, a central de 39 anos de idade, que atualmente defende o Itambé/Minas relembra a sua trajetória, comenta sobre a pandemia do novo coronavírus e sua expectativa para a temporada 2020/2021.

Início

De acordo com Carol, o esporte sempre esteve em sua vida, porém tinha um carinho especial pelo vôlei. “Era o único que eu não jogava muito e em 1994 depois do Mundial Feminino que teve no Brasil, eu me apaixonei total”, recorda.

Ao relembrar o início no vôlei, a atleta fala sobre o apoio da família “Sempre me deu a tranquilidade para seguir, escolher o que amava fazer”.

Trajetória

Natural de São José do Rio Preto, Carol iniciou sua carreira pelo São Caetano, em 1998, permanecendo em sua primeira passagem até o ano 2000. Na temporada 2000/2001, atuou pelo Rexona/Curitiba, retornando ao clube paulista em 2001, ali permanecendo até 2004.

Ao se transferir para o Finasa Osasco, para a temporada 2004/2005, Gattaz deu um grande salto em sua carreira, conquistando seus primeiros títulos na categoria Adulto, sendo campeã da Superliga (2004/2005) e tricampeã Paulista (2004/2005, 2005/2006 e 2006/2007).

No meio de 2007, a central deixou Osasco para atuar no voleibol italiano, defendendo por uma temporada (2007/2008) o Jesi, retornando na sequência para o Brasil, atuando pelo Rio de Janeiro.


Entre 2008 e 2011, pela equipe carioca, Gattaz retomou a rotina de títulos, sendo bicampeã da Superliga (2008/2009 e 2010/2011) e bicampeã carioca (2009 e 2010).

Depois da passagem pelo Rio de Janeiro, a atleta se transferiu para o Vôlei Futuro Araçatuba para a temporada 2011/2012, em que foi campeã Paulista.

Após o fim do contrato, a atleta aceitou uma nova proposta internacional, esta para atuar no Igtisadchi Volleyball Team, no Azerbaijão. Porém, com uma diretoria que divergente, Carol acabou por romper o contrato, retornando ao voleibol paulista, mas defendendo o Vôlei Amil Campinas na temporada 2012/2013.

Com o fim da equipe campineira, Gattaz se transferiu para o Minas Tênis Clube, em que permanece até hoje.

Sobre os clubes em que atuou, a central comenta. “Todos me trouxeram aprendizados diferentes e foram muito importantes em minha trajetória”.

No clube mineiro, Gattaz alcançou sua maturidade pessoal e profissional, evoluindo em quadra a cada temporada, sendo fundamental nas conquistas da equipe.

Até o momento pelo Minas, Carol conquistou três Sul-Americanos de Clubes (2018, 2019 e 2020), uma Superliga (2018/2019), uma Copa do Brasil (2019) e o bicampeonato mineiro (2017 e 2018).

Esbanjando vigor físico e técnico aos 39 anos de idade, Carol ao ser questionada sobre o planejamento feito para que pudesse se manter em alto nível, explicou. “Quando cheguei ao Minas, eu tive todo o respeito e respaldo que eu precisava. Pessoas que realmente acreditaram em mim. E eu sempre quis retribuir. “

Gattaz prossegue. “Claro que as equipes que eles montaram ano a ano, ajudaram na minha evolução, mas meu foco hoje é totalmente e somente o vôlei. Me cuido 100% para isso”.

Pandemia

Falando em cuidado, a pandemia do novo coronavírus fez com que a temporada 2019/2020 fosse encerrada ainda em andamento.

Com um período maior sem competições e treinamentos presenciais, a central falou sobre os cuidados tomados e a preparação para a retomada do esporte. “Tudo diferente do que já passei em toda minha vida, mas não só eu, como todos estão assim. Então, me cuidei demais pra não ter essa defasagem quando voltasse. E felizmente consegui manter meu corpo”.

Mesmo com a manutenção da forma, Carol acredita que o ritmo de jogo será sentido um pouco no começo, “mas com o físico em dia, já é meio caminho andado”, revela.

Temporada 2020/2021

Durante a entrevista, Carol comentou também sobre a expectativa para a temporada 2020/2021. “Toda temporada nova é sempre uma incógnita, ainda mais quando chegam jogadoras novas. Mas eu particularmente entro com a expectativa mais positiva possível e sempre com muita vontade de ganhar títulos. Uma das coisas que me motivam até hoje”.

Seleção Brasileira

Dona de cinco títulos do Grand Prix, Carol iniciou sua trajetória na Seleção Brasileira Adulta em 2003, sendo convocada com freqüência, até o ano de 2010. Depois de um período sem ser chamada, voltou a ser lembrada em 2013, porém não mais retornou.

Neste período, o Brasil faturou duas medalhas de ouro em Jogos Olímpicos (Pequim-2008 e Londres-2012). Porém, em nenhuma das competições, Gattaz acabou convocada.

Com uma carreira vitoriosa tanto em clubes, quanto na seleção, Carol foi questionado pelo Momento do Esporte sobre o que teria faltado para que a atleta disputasse uma edição de Jogos Olímpicos em sua carreira.

A atleta comenta os motivos. “Em 2008 foi uma escolha da comissão técnica. Fiquei muito mal e muito triste com tudo isso. E depois disso eu me desfoquei um pouco. Realmente, hoje eu enxergo que não me cuidei como deveria e perdi as oportunidades em 2012 e 2016. Já estava mais velha e tinha muitas jogadoras boas na minha posição.

Tóquio


Devido a pandemia do novo coronavírus, as Olimpíadas de Tóquio foram adiados para 2021, nada que atrapalhe os planos de Carol que sonha em poder disputar uma edição de Jogos Olímpicos.

“A cada ano que passa, sei que fica mais difícil por causa da minha idade, mas eu gosto de desafios, e o meu será disputar uma Olimpíada com 40 anos. E vou cuidar muito do meu físico para estar no meu melhor”.

No comando da seleção desde 2003, o técnico José Roberto Guimarães recentemente anunciou que deve deixar a função de treinador do Brasil, após as Olimpíadas de Tóquio.

Diante disso, a reportagem questionou Gattaz se, caso não aconteça uma convocação para Tóquio e o comando da seleção se altere, a atleta poderia esticar a carreira pensando nos Jogos de 2024, a atleta responde. “Acho difícil. A seleção tem uma rotina muito puxada e muito de eu estar em alto nível até hoje, é ter deixado cedo a seleção.”

A atleta esclarece. “O sonho de todo mundo é seleção sem dúvidas, mas infelizmente, o corpo acaba muito, porque não temos a folga suficiente para o corpo se recuperar. E ainda tem a questão da idade”.

Ainda comentando sobre a continuidade de sua carreira, Carol prefere não estipular uma data para deixar as quadras, dizendo que planeja atuar profissionalmente enquanto seu corpo deixar.

Com tantas conquistas em sua carreira, a central revela o que a motiva permanecer por tanto tempo em alto nível. “Eu amo o que faço. Amo jogar vôlei...essa é minha motivação, sempre”.

Musa


Desde que começou a ganhar visibilidade no vôlei profissional, Gattaz passou constantemente a ser eleita uma das musas da modalidade.

Perguntada como lida com o título, a atleta diverte-se. “Nunca pensei nisso na verdade (risos) e nem me considero assim, mas tenho minha vaidade normal, me cuido bastante. E como boa leonina, agradeço (risos)”.

Conselho

Já na parte final da entrevista, Carol aproveita para aconselhar o atleta que está dando seus primeiros passos na modalidade.

“Tenha muito foco, coloque um objetivo em mente e persistam. Ter persistência em qualquer área da vida, porque dificuldades surgirão e se você não tiver cabeça, você desistirá. Quando você tem um foco, objetivo, um sonho, fica mais fácil chegar onde deseja”.

Mensagem

Encerrando a entrevista, Carol deixa uma mensagem para os fãs. “Quero agradecer imensamente todo o carinho que recebo diariamente. E sempre digo que é esse carinho e respeito, que me dão forças para levantar da cama todos os dias e continuar jogando vôlei”, conclui.

Com a colaboração da Agência Luster.

 

Fotos – Orlando Bento/MTC/Ricardo Zambelli/João Pires/Foto Jump/ Caetano Barreira/Divulgação/Préu Leão/Ideale Comunicação/Uarlen Valério/FIVB

 

 

 

Moura Nápoli

Moura Nápoli

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