AO MOMENTO DO ESPORTE CONVERSOU COM UM SANTISTA, UMA PALMEIRENSE, UM MILLIONÁRIO E UM XENEIZE, PARA SABER A EXPECPATIVA PARA OS CONFRONTOS
Por
Daniel Nápoli
Na próxima semana, tem início a fase semifinal da Copa Libertadores da América da temporada 2020. Na terça-feira (5), no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, na Argentina, entram em campo River Plate x Palmeiras e na quarta-feira (6), também na capital argentina, mas em La Bombonera, Boca Juniors x Santos medirão forças.Os jogos de volta estão marcados para os dias 12 (Palmeiras x River Plate) e 13 (Santos x Boca Juniors).
O Momento do Esporte conversou com um torcedor de cada
equipe semifinalista da competição, para saber a expectativa dos mesmos para os
confrontos que definirão os finalistas da Libertadores 2020.
Torcedor do River Plate, o comerciante Daniel Navarro de 47 anos, comenta. “. Não foi uma temporada normal, mas a sensação, a expectativa é boa, que vamos chegar na final da Copa Libertadores. Os torcedores do River estão muito confiantes.”
“Sobre a semifinal contra o Palmeiras, nós sentimos
confiança pelo que transmite a equipe e
o técnico. Não é soberba, mas sim confiança. A equipe transmite isso, sabe que
se está bem, é muito difícil ganhar do River. O rival que tem em frente não
importante muito, sempre respeitando muito. A confiança que gera pela
capacidade que tem.”, destaca.
O comerciante, no entanto, pede calma. “Não vai ser
fácil. O Palmeiras é uma boa equipe, mas é a sensação que temos. Dará tudo em
campo para passar.”
Daniel aproveita ainda para enaltecer o técnico da
equipe, Marcelo Gallardo. “Chegou e revolucionou tudo, sua forma de trabalhar,
como mudou a cabeça dos jogadores para enfrentar as partidas. Em nível local
sempre ganhou títulos, mas faltava o cenário internacional (ganhou a
Libertadores de 2015 e 2018, a Sul-Americana de 2014 e a Recopa Sul-Americana
de 2015) .Não há palavras para descrever a importância dele para o clube e a
torcida”.
Do outro lado, está a jornalista Beatriz Facchini de 27 anos, que para os duelos, diz tentar “manter o pé no chão”, recordando uma outra semifinal, a de 2018, diante de um outro argentino. “Vivi a última semifinal de Liberta lá no Allianz, contra o Boca Juniors, e acho que a gente tem que ter muita calma na hora de avaliar, sabe?”.
Mesmo com cautela, Beatriz não deixa de enaltecer. “Eu
estou muito confiante com a chegada do
Abel (Ferreira, técnico) e acredito que a campanha que estamos fazendo está em
um excelente caminho. Acredito que ele resgatou a esperança não só do torcedor,
como a do time que já estava bem desgastada, a identidade de grupo inclusive
estava perdida.”
A jornalista acrescenta. “Fico feliz de ver resultado de
jogadores como o Raphael Veiga, por exemplo, que pareciam desacreditados.
Espero muito que a gente demonstre essa nova força em campo contra o River e,
mesmo sem torcida, possamos trazer essa Libertadores pra gente”.
O auxiliar de cozinha e estudante de Direito, Paulo Sorrentino de 30 anos, torcedor do Boca Juniors, exalta o duelo. “Muitos de nós amantes do futebol, sabemos o que o Santos representa pelo Brasil e o Boca pela Argentina. E os dois na Libertadores, são duas das melhores potências da América do Sul e do futebol mundial. Pela retrospectiva, o Boca já foi inferior em uma época em que o Pelé comandava o Santos e em 2003 teve a famosa revanche em que o Boca foi campeão no Brasil.”
“Em plena pandemia (de Covid-19), nenhum torcedor sabia o
que o time poderia render, porque querendo ou não a pandemia acabou interferindo
em muitos aspectos e no futebol também, mas times como Santos e Boca Juniors
que tem a camisa pesada, tem nome, com certeza iriam longe e não deu outra. Teremos
um novo confronto épico”, destaca Paulo.
“Como torcedor fanático, estou botando uma fé enorme no
Boca, mas o Santos virá com tudo pra cima”, acredita Sorrentino.
O artista plástico Luciano Luz de 47 anos, antes de comentar sua expectativa para a semifinal, enaltece seu clube de coração. “O Santos é um milagre. Você tem um time fora da capital, com um estádio pequeno, difícil para as pessoas se locomoverem até lá, pois passa por muitos pedágios, não tem ajuda das grandes emissoras e você vê ali um dos maiores times do mundo, que teve o maior jogador do mundo (Pelé). “.
Luciano acrescenta que o clube está “sempre se reinventando.
Sempre aparece alguém. Com todo o problema financeiro que tem, consegue chegar nas
finais de Brasileiros, Paulistas e em sua maior crise em 2020, está na
semifinal da Libertadores.Sem poder contratar jogadores, com treinador e
atletas tendo Covid, com elenco enxuto, o Santos consegue mesclar talentos em
trocas improváveis com sua base, que é um trunfo eterno desde o tempo do Pelé,
é uma tradição”
Luz analisa a situação da equipe na competição
continental. “Nessa reta final a gente percebe um Santos que não dá para se
dedicar a todos os campeonatos pela situação em que se encontra, então tem que
pensar num foco só, e está dando certo isso na Libertadores. Eu acredito que
uma dessas fórmulas é a energia dos jovens jogadores. Já pratiquei esportes,
basquetebol e jogo até hoje e posso dizer com propriedade que jogar com moleque
novo é difícil, é muito difícil, porque eles tem muita energia e talento é o
que não falta.”
O artista plástico segue com sua análise. “Imagina você
jogar um segundo tempo, sendo experiente contra moleques que estão com energia!?
Esse vem seno o segredo. Soteldo e Marinho são os melhores jogadores e suas
posições no país hoje em dia. Junta isso com a base, o próprio goleiro
(Jhonathan), pessoas que amam o seu clube. É um fator muito grande que o Santos
tem é seu nome. Tem respeito. “
Luciano aproveita para deixar um recado. “O Boca que
aguarde. Pode pensar que pelo Santos ter muitos moleques vai ser mais fácil, mas
conhecemos a história de Davi e Golias. Quando você se acha superior, você pode
levar uma pedrada na cabeça ou uma bola no ângulo (risos).”
Fotos- Divulgação
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