AMANTES DO AUTOMOBILISMO RELEMBRAM O TRÁGICO 1 DE MAIO DE 1994 E EXALTAM LEGADO DO TRICAMPEÃO MUNDIAL
Por
Daniel Nápoli
Neste sábado (1º), completa-se 27 anos da morte do
tricampeão mundial de Fórmula 1, Ayrton Senna. O brasileiro faleceu aos 34 anos
de idade, após acidente enquanto liderava o GP de San Marino de 1994, disputado
em Ímola, na Itália.
Mesmo mais de duas décadas depois, as imagens que
mostraram sua Williams saindo da pista a mais de 300 Km/h se chocando contra um
muro, na curva Tamburello, seguem chocando. Aliás, não tem como ser diferente,
passe o tempo que passar.
Hoje é um daqueles dias em que a saudade bate até mesmo
naqueles que não eram nascidos na época. O mundo se despedia naquela data, de
forma repentina, de um dos melhores esportistas de todos os tempos.
Não nos esqueçamos também que a morte de Senna não foi a
única tragédia em San Marino, que ficou conhecido como o “final de semana
macabro”.
No sábado, 30 de abril de 1994, o austríaco Roland Ratzenberger,
da Simtek, morreu após sofrer acidente nos treinos de qualificação, quando a
asa dianteira de seu carro se soltou, fazendo com que o piloto perdesse o
controle de seu bólido e se chocasse contra o muro, na curva Villeneuve, a
314,9 km/h.
Na sexta-feira, 29 de abril de 1994, o brasileiro Rubens
Barrichello, piloto da Jordan, sofreu um acidente nos treinos livres que quase
lhe custaram a vida.
Para lembrar a data, o Momento do Esporte conversou com
dois amantes do automobilismo, que reviveram aquele 1 de maio de 1994 e comentaram
sobre o falecimento e o que representou
e ainda representa Ayrton Senna. Confira!
Angelo
Donadio - empresário/assessor técnico laboratorial
“Grande Prêmio de San Marino1994, triste lembrança, no
treino livre de sexta-feira, Barrichello sofre grave acidente com sua Jordan,
no sábado Ratzemberger morre em um acidente com sua Simtek e no domingo, Senna
com 34 anos, morre em um acidente com sua Williams.
A partir dali muita coisa mudou na segurança dos pilotos,
nos carros e nas pistas. Tempo passa muito rápido, faz 27 anos que Senna nos
deixou, deixou um legado histórico no automobilismo. Em 11 temporadas, foram 11
monopostos para quatro equipes, desde a humilde Toleman, passando pela Lotus,
McLaren e Williams. Três vezes campeão mundial (1988,1990 e 1991). Também foi
vice-campeão no controverso campeonato de 1989 e em 1993.
Senna de talento monstruoso aliava sua dedicação nos
treinos, conhecimento técnico de seus carros, um estudioso de cada pista que
competia e um tremendo amor às suas raízes e sua pátria. Deixou um legado e uma
marca no automobilismo mundial, sendo o nome Ayrton Senna conhecido e
respeitado no mundo inteiro”.
Rogério
Moreira - publicitário
“Aquele 1ۛº de maio foi um daqueles dias em que todos se
lembram exatamente do que estavam fazendo. O som da TV reinava absoluto pela
casa. Todos mudos e com um grande aperto no coração parecendo prever o anúncio
que viria a seguir.
Quando a notícia se confirmou parecia que um grande
abismo se formou entre os dias e anos anteriores e o futuro, dali pra frente.
Pra mim, o mundo nunca mais foi o mesmo...
Senna deixou um grande vazio e só então percebi o quão
grande ele era. Sua imagem, sua garra, sua dedicação, seu caráter, sua
lealdade, sua simplicidade e sua devoção a Deus.
Passados 27 anos posso dizer que em todos os dias me
lembro dele e de alguma forma ele ajudou a formar meu caráter. Até hoje me
emociono quando esse assunto surge. Se ouvir o ‘hino da vitória’ então, é
difícil disfarçar as lágrimas.
Há alguns anos realizei um grande sonho que era dirigir
pelas ruas de Mônaco, onde Senna fez história. Com lágrimas no rosto fiz o
trajeto de carro e depois à pé. Garanto que foi umas das experiências mais
emocionantes de minha vida.
Num país tão carente de heróis, Senna deixou um legado
que poucos seres humanos conseguiram, em tão pouco tempo...”
Após final de seu
depoimento, Rogerio Moreira aproveitou para lembrar uma das frases mais
impactantes de Ayrton Senna. “Sempre faça tudo com muito amor e muita fé em
Deus, que um dia você chega lá”.
Fotos - Divulgação
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